Amor suburbano
Como parte do cotidiano, a luz vermelha é acesa, e uma multidão vai se unindo, cada um esperando o seu momento.
Vultos que buscam suas posições, confundem rapidamente minha visão.
E na busca de liberdade visual, meus olhos são presos por aquela beleza.
Com movimentos desacelerados, mesmo assim, consegue fugir de toda minha velocidade.
A brisa, agora, assume um outro aroma quando cruza aqueles cabelos.
O tempo que deveria congelar, passa a ser mais rápido, e aquela caixa com duas luzes, começa novamente a dar sinal de mudança.
Agora é a vez do verde.
Os corpos são deslocados para frente, coordenados por uma rotina fria.
O corpo dela começa a fugir da minha visão, e dos outros sentidos também.
E ainda assim, sinto o rastro de seu aroma entre os obstáculos humanos da cidade.
O resquício visual do contorno de um corpo, que inferioriza os outros, ainda se faz presente no meio da multidão.
Mas, pouco a pouco, o brilho que reflete naquela pele, vai desaparecendo.
Já quase não é mais possível acompanhar o trajeto. As pessoas não imaginam que ali acontece um romance, e assim tomam minha frente.
Sua velocidade e minha necessidade aumentam, da mesma forma que a distância entre os nossos corpos.
Quando menos se percebe, ela desaparece no aglomerado humanóide, e, como o encontro; em fração de segundos; o desencontro.
Nunca mais aquele semáforo será mesmo.
Saudades prematuras.
Vultos que buscam suas posições, confundem rapidamente minha visão.
E na busca de liberdade visual, meus olhos são presos por aquela beleza.
Com movimentos desacelerados, mesmo assim, consegue fugir de toda minha velocidade.
A brisa, agora, assume um outro aroma quando cruza aqueles cabelos.
O tempo que deveria congelar, passa a ser mais rápido, e aquela caixa com duas luzes, começa novamente a dar sinal de mudança.
Agora é a vez do verde.
Os corpos são deslocados para frente, coordenados por uma rotina fria.
O corpo dela começa a fugir da minha visão, e dos outros sentidos também.
E ainda assim, sinto o rastro de seu aroma entre os obstáculos humanos da cidade.
O resquício visual do contorno de um corpo, que inferioriza os outros, ainda se faz presente no meio da multidão.
Mas, pouco a pouco, o brilho que reflete naquela pele, vai desaparecendo.
Já quase não é mais possível acompanhar o trajeto. As pessoas não imaginam que ali acontece um romance, e assim tomam minha frente.
Sua velocidade e minha necessidade aumentam, da mesma forma que a distância entre os nossos corpos.
Quando menos se percebe, ela desaparece no aglomerado humanóide, e, como o encontro; em fração de segundos; o desencontro.
Nunca mais aquele semáforo será mesmo.
Saudades prematuras.
Comentários
Expressão curiosa...
As saudades,
comumente,
são póstumas.
E sim:
aquele semáforo
nunca mais será o mesmo
- ainda que haja
um reencontro...
Um beijo,
doce de lira
_
Terça chuvosa eu sei que foi do coração Monica.
Beijo.
Que encantador esse conto...
Acho que todo mundo já passou por algo parecido...
a brisa se torna ventania...
o dia se torna noite...
a tristeza se transforma em alegria...
a liberdade apreende...
a visão inebria...
Parabéns, Ti!
Desejo a vc muita muita muita inspiração SEMPRE! ;)
Abraço!
Será que algum dia eles vão se conhecer?
Bjs!
=D
_
Victor, coincidências a parte, semana que vem entra um de vagão.
_
Gordinha, podiam fazer um curta né hehe.
"As pessoas não imaginam que ali acontece um romance, e assim tomam minha frente..."
Já senti isso algumas vezes...
Belo texto!
_
Pedrão, falaí, oportunismo né hehe.
_
"Brigado" Dá.
riqueza de texto.
Isso sim é que doi.
Beijos.
Os sentidos se aguçam nesse texto... Tem cor, tem movimento, dá até pra ouvir uma buzina logo ali atrás, quando o sinal se abriu...
Adoro isso!
Um abraço...
Bem vinda Moni.
Um beijo.
"As pessoas não imaginam que ali acontece um romance, e assim tomam minha frente."
Adorei
Rossana
Beijo Rossana, seja bem vinda.
Já protagonizei e presenciei vários romances,paixões instantaneas nos vagões da vida,dentre meus passatempos preferidos no tédio do aglomerado e trânsito,além de música e leitura,é criar(tentar adivinhar)e escutar as histórias dos passageiros,às vezes fico rindo dos meus pensamentos idiotas,olhando pras pessoas sem perceber e algumas retornam o riso,acham que estou sorrindo pra elas.
Gostinho de quero mais?
Guentaí, logo logo vem mais.
Bjo.