adubo a tristeza em silêncio

o que nasce hoje em mim
não é cor.
é casa sem fruteira
carnaval sem tinta.
o que bate no meu peito 
é couro rasgado
de tambor apanhado
na rua.
é música no mudo.
é mundo sem rotação.
parado
o carro abandonado
enferruja destinos
e sonhos.
o alaranjar dos dias
me anoitece
gra
da
ti
va
e mente.
de fora não se vê
mas de dentro verão
inverno.
sou chão infértil. 
já escrevi isso antes
e nada mudou.
ódio é uma flor pertinente
mato
danado
não morre.

Comentários

Luana Passarinho disse…
Arrepiei de mais! Vou gravar na minha alma de artista e recitar assim que possível. Muito lindo, Ti!!!

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