Desnecessário
Como se quisesse escrever alguma coisa, apegou-se ao papel virgem e deitou palavras soltas. Parecia no início, uma orgia literária. Palavras comendo ideias e ideias comendo palavras. Um rebuscado sem nexo, mas, com um propósito: escrever alguma coisa que ele ainda não sabia. Não sabia não, provavelmente só tivesse esquecido. Um tema olvido, porque se tivesse ouvido certamente lembraria. As letras começaram a se confundir, as palavras não produziam mais ligações, e no fim, o que saia, era um gorfo de frases distantes e sem coerência. A tentativa era repetidamente insistida, e a cabeça, distraída, não captava as mensagens com coesão. Recomeçou o texto, se é disso que pode ser chamado, umas quatro; não, minto, umas dezoito vezes; mas não adiantou. O amalgama que sua escrita não produzia era nítido. A vontade de cuspir alguma reflexão, também não era das melhores. Pra falar a verdade, não estava muito afim de escrever; não era obrigado e nem sabia por que estava querendo escrever àquilo. Decidiu parar. Havia tomado, inutilmente, o seu tempo, o tempo de quem lera isto até aqui e principalmente, o sono, que neste momento, consagrou-se como principal responsável pela página em branco. Foi dormir. Ganhava mais assim.
Comentários
(de soturno a soberbo - adorei)
ah, feliz aniversário por aqui tbm. ;)
Obrigado por aqui também.
Você merece.
Abraço.
Obrigado.
Merecemos.
Parabéns de novo , hehe.
Bye.
Está lá o texto.
Dá uma passadinha lá quando puder ;)