Trabalho decente
Niht Club,
sinalizava a fachada.
Assim mesmo,
com o g apagado.
Ali embaixo,
ganhava a vida,
uma prostituta semi analfabeta,
que nunca deu falta disso.
Por sinal, sabia de poucas coisas,
uma delas era que nem todos tinham como pagar o prazer de neon,
e assim sobravam clientes.
Sabia também que os que trocavam sempre de carro,
eram casados,
que os que passavam de vidro aberto, braço pra fora e na maioria das vezes com som alto,
só queriam aparecer, já que não tinham como pagar.
Conhecimentos empíricos e involuntários.
O destino foi justo com ela apesar da injustiça que fazia com o corpo.
Anônima nos prazeres,
Carla era conhecida como microempresária pelos vizinhos da vila onde morava.
Tinha dinheiro,
era comunicativa,
independente
e trabalhava no centro comercial,
na área nobre,
frequentada só por gente boa de grana.
Perto de um tal “Clube Nit”, como ela dizia.
sinalizava a fachada.
Assim mesmo,
com o g apagado.
Ali embaixo,
ganhava a vida,
uma prostituta semi analfabeta,
que nunca deu falta disso.
Por sinal, sabia de poucas coisas,
uma delas era que nem todos tinham como pagar o prazer de neon,
e assim sobravam clientes.
Sabia também que os que trocavam sempre de carro,
eram casados,
que os que passavam de vidro aberto, braço pra fora e na maioria das vezes com som alto,
só queriam aparecer, já que não tinham como pagar.
Conhecimentos empíricos e involuntários.
O destino foi justo com ela apesar da injustiça que fazia com o corpo.
Anônima nos prazeres,
Carla era conhecida como microempresária pelos vizinhos da vila onde morava.
Tinha dinheiro,
era comunicativa,
independente
e trabalhava no centro comercial,
na área nobre,
frequentada só por gente boa de grana.
Perto de um tal “Clube Nit”, como ela dizia.
Comentários
As doloridas inversões.
Microabraço Ribeiro.
Valeu pelos comentários pessoal.
Li A Arte de Caminhar nas Ruas do Rio de Janeiro, Rubem Fonseca e Zeca Fonseca dia desses. E há uma cena com prostituta a qual me lembrei imediatamente que descreveu que ela é semianalfabeta. Recomendo o livro.
Abraços!
são. Gostei do passeio por aki, voltarei mais vezes. ;)
Quantos não se vendem todos os dias e apenas não o percebem dessa forma?
Mudar o nome de lugar, não muda a condição. Mas muda a forma como a sociedade o vê.
Carla sabe disso. A gente também, né?
Excelente texto. Beijo doce.
_
Aninha, bem verdade heim.
Microbeijos.
E isso, no fim, basta.
Dálias cortadas ao pé
Corolas descoloridas
Enclausuradas sem fé,
Ah, jovens putas das tardes
O que vos aconteceu
Para assim envenenardes
O pólen que Deus vos deu"
Ah! o Vinícios e os vícios.
Beijos Tí
inté
Beijo
Fico aqui.
_
Mata e desmata.
Fica sim Angélica.
Microbeijo.
Nessa fábrica ilusória de dinheiro e prazeres instantâneos, fica díficil saber quem é mais vazio, se é quem produz ou quem alimenta.
Mas muitos por aí andam vendendo bem mais que o corpo, sonhos e honestidade à si, por conta desta felicidade cifrada $.
Bom, 'Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é'. Né?
Ps:Lembrei do Soneto do Prazer Efêmero, de Bocage.
Muito bom.