Cultural vs. Escultural

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A facilidade de comentar, falar ou redigir sobre algo que se tem conhecimento é incrível. Não que só devemos falar sobre o que conhecemos, a idéia é um efeito contrário, devemos conhecer um pouco de muito, para aí sim falarmos sobre assuntos diversos.
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Começou nesta Terça-feira (08/01) no Centro Cultural de São Paulo, uma ampla retrospectiva de obras do diretor americano Stanley Kubrick, a mostra será exibida até Domingo (13/01) com uma apresentação diária de três filmes, cada um em horários diferentes.
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O que disse de facilidade para escrever sobre assuntos os quais se tem conhecimento é traduzido aqui. No primeiro dia de apresentação assisti “Glória feita de Sangue”. Porém, o que quero escrever não é sobre as obras, afinal, quem gosta vai assistir e quem não gosta não vai querer ler a respeito. Quero falar sobre a praticidade de se absorver Cultura, uma exposição gratuita, uma sala de cinema com capacidade para 110 pessoas e um número quase contado de visitantes.
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Minha preocupação inicialmente era conseguir um ingresso para assistir a sessão, o que não houve na verdade muita dificuldade. O primeiro dia não trouxe muita gente - a questão é. Será que se essa apresentação gratuita reunisse uma “Boys Band” da moda, uma dupla de nádegas dançarinas ou um vocalista que faz discursos harmoniosos letrados com assuntos da periferia, não teria ocorrido maior repercussão, ou quem sabe um apoio da mídia?
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Não inferiorizando demais “culturas”, onde o cultural se perde para o escultural, onde o conteúdo dá lugar à beleza e o luxo ao lixo, mas, acho que o que falta na mente de uma boa fatia da população é a preocupação com o que se absorve, de onde se absorve e de qual forma se faz isso. Estamos acostumados a só tirar proveito daquilo que nos dizem ser proveitoso; falta em nós um pouco mais de senso crítico. Por isso aqui vai uma dica, fui à mostra, e tenho certeza que até o final da semana volto lá para ver mais algum filme.
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Dica do assunto (Rodrigo Itatani)

Comentários

Nayara Diniz disse…
E assim caminha a humanidade..
Esses fatos não acontecem apenas no Brasil ou nas Américas, todos querem o que é hype, como se diz no mundo da moda, todos querem o que todos querem..
O particular, se tornou estranho.. Mas ainda existe os 1%, e provavelmte fazemos parte dele.

Beijo
Nayara Diniz

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