Jogo de Cena

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Como descrever um filme onde não há movimentação de câmera, não há nada mais do que uma dúzia de personagens e um diretor que não levanta da cadeira para ajustar enquadramentos a seu gosto? Como explicar a baixa iluminação, um único cenário e falas que duram mais de 100 minutos?
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Como falar de um filme que não apresenta efeitos especiais, um documentário sem trilha, sem um narrador que dá ordem aos fatos e sem uma personagem central? Como escrever sobre algo que não se consegue explicar, não se acha o início, o meio e nem o fim. Não se sabe onde começa, não se sabe quem representa, quem atua e quem fala a verdade. Na verdade, não se sabe muita coisa.
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Você começa a assistir achando que está entendendo e o que o diretor faz é deixar você sempre com um pingo de dúvida sobre quem é a verdadeira atriz. Você começa a deduzir quem está interpretando por conhecer aqueles rostos, aí pronto, vem o diretor e te confunde novamente, você sai da sala sabendo que foi sutilmente iludido e o pior, não consegue entender onde e como foi.
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É mais ou menos assim que me senti quando saí da sala após assistir o documentário Jogo de Cena, de Eduardo Coutinho (que infelizmente está em cartaz só no Espaço Unibanco de Cinema), com uma trama muito boa e com maravilhosas interpretações (ou sei lá, histórias reais, nessa altura já não sei de mais nada), Eduardo leva a platéia a um estado de confusão, dosa os diálogos e retoma nossa curiosidade antes mesmo que você se canse por tanta fala.
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O documentário vale cada centavo pago, uma por ser brasileiro e outra pela qualidade do trabalho, mas cuidado, preste bastante atenção para não se perder, caso contrário, a única coisa que vai te restar é assistir mais uma vez. Tudo bem, confesso, me perdi algumas vezes, porém nada absurdo, dá até pra contar na mão do Lula (piadinha contextual).

Comentários

Anônimo disse…
lindíssimo mesmo. um amigo meu comentou: "aula de interpretação". mas talvez seja mesmo "lição de vida".

orgulho de ser mulher e ver a força de cada uma delas. seja na profissão de atriz, na vida de mãe, de esposa... demais!

=)
Tiago Moralles disse…
Realmente uma aula interpretação da vida real. Uma "comédia da vida privada" que de cômico não tem nada.
Ótimo comentário.
Abraços.
Nayara Diniz disse…
Vou comentar aqui, mas falarei sobre o qeu sei melhor.. haha
Legal o video da Coca-Cola Clothing, é comercial de roupa com cara de refir, e adorei a brincadeira com a imagem de Ganesha que ´o Deus do sucesso e superação e seu nome é invocado no inicio de um evento importante e no começo de qualquer jornada, por isso ele é o primeiro a parecer.. muito legal.

Beijo
Nayara Diniz
Tiago Moralles disse…
Então quer dizer que é uma Ganapatyas?
Já que falou da Coca no post do Jogo de Cena quero eu acreditar que tenha lido esse também né hehe.
Abraços.

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