Repetir ou inovar, eis a questão

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Comentar sobre a propaganda nazista renderia assunto para muitos posts, por isso farei um comentário sobre uma declaração que li recentemente feita por Joseph Goebbels, ministro da propaganda no governo Hitler, que apesar de todos os problemas ocasionados no seu regime, os quais já estamos cansados de discutir, Hitler produziu uma revolução no modo de alcance e disseminação da comunicação em massa.
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Goebbels com seu alto poder de retórica e um dos poucos com formação superior no regime, fez com que a população alemã tivesse uma boa visão sobre a ideologia nazista. Inicialmente não concordava com a forma de governo adotado por Hitler, chegou a ser comunista, odiava o capitalismo, a democracia e os judeus, achava que eram responsáveis pelas crises política e econômica, provavelmente aí, sua fraqueza para fazer parte do partido.
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Voltando um pouco; a declaração de Goebbels foi – “A igreja católica mantém-se até hoje, porque repeti a mesma coisa há dois mil anos” (nada de apologia anticristo, só um comentário, sei lá, vai que minha mãe lê esse post, aí, já viu né). Foi exatamente nesse ponto que parei para refletir. Será que a repetição é mais forte que a inovação?
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A briga constante entre inovar ou repetir se torna mais presente em nossa vida a cada novo dia. De um lado temos as Casas Bahia que adota a mesma linguagem de varejo, enquanto a IKEA sempre inova na sua abordagem. O Guaraná Antártica, a Fanta e a Pepsi, por exemplo, revolucionam suas estratégias de comunicação, enquanto a Dolly mantém a mesma há algum tempo, a família Sell continua com o refrigerante Pureza no Sul há décadas e o Guaraná Jesus que é comercializado no Maranhão já teve seus direito adquiridos pela Coca-Cola, tamanho o sucesso que faz na região, mas que também não saiu de lá e nem alterou significativamente suas estratégias após a compra.
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São inúmeros exemplos de marcas, tanto concorrentes diretamente como de produtos em seguimentos variados que aderem a diferentes práticas de comunicação, que de uma forma ou outra se encaixam em uma das definições. Não só a estratégia da marca, como também o que ela representa e seu posicionamento, temos a Microsoft como exemplo que passa um ar antiquado e com características mais conservadoras se comparada a Apple de Steve Jobs com uma cara totalmente jovial (a marca, não o Steve) e contemporânea, isso quando não, totalmente futurista.
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Aí fica uma questão, o que vale mais, manter o seu posicionamento invariável na mente dos consumidores a ponto de criar uma marcar forte e os vencer pelo cansaço ou inovar sempre e mostrar o seu poder de criação, mesmo que isso mude corriqueiramente suas estratégias e seus conceitos? Em minha opinião o meio termo às vezes é uma boa saída.

Comentários

Haendel Dantas disse…
Concordo com vc Tiago!

A empresa / marca se já tem um poder de 'estabelecimento' no gosto de seus consumidores não precisa fazer mudanças radicais em seu plano de comunicação. é aquela velha frase:" em time que tá ganhando não se mexe". Mas o que muitas empresas devem bservar é a evolução do mercado e do consumidor e apenas adequar à esse novo comportamento, preservando as caracteristicas que a tornou desejada por eles!

INOVAR NÃO DÓI, SE TIVER UM BOM PLANEJAMENTO!

abs
Haendel Dantas
http://www.comunicadores.info
Tiago Moralles disse…
Exatamente, preservar as características, não saturar seus diferenciais na mente dos consumidores.
Abraços.

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