"Toda ação gera uma reação"

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O Partido Comunista Chinês (PCC), composto hoje por mais de 70 milhões de militantes, colocará em vigor a partir de Junho/08 uma lei que proibi o uso de sacolas plásticas pela população. Não só o uso como a fabricação, a distribuição e a comercialização também estarão proibidas.
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A China é o país mais populoso do mundo e consequentemente o maior consumidor de tal produto, o que fica explícito nos números; consome cerca de 3 bilhões de sacolas plásticas por dia e gasta mais de 27 milhões de barris de petróleo por ano para refiná-las.
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Com essa proibição, o meio ambiente é o principal beneficiado juntamente com os catadores de lixo que provavelmente receberão incentivos para priorizarem o recolhimento desses materiais. Tudo muito bem até aqui, mas, e os fabricantes? Bem, sendo o país mais populoso, conseqüentemente o maior consumidor de sacolas, logo, a produção é alta. Quem vai redirecionar os trabalhadores do setor?
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Por esse ser um assunto tão interessante ao meio ambiente, por mostrar um pequeno passo perante a situação “claustrofóbica” do aquecimento global e assim sendo a China também um dos maiores poluidores ao lado dos Estados Unidos, é claro que a repercussão que isso ganharia pela mídia seria só positiva. Nada de falar dos produtores.
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Não diferente disso, o que o Sr. Prefeito (ironicamente, já que a democracia me permite) Gilberto Kassab fez em São Paulo com a lei cidade limpa, também teve visibilidade por parte da mídia com seu lado positivo e ainda repercute até hoje da mesma forma, já o que ficou abafado logo nos primeiros instantes após sanção foram os 20 mil desempregos diretos e os quase 100 mil indiretos que a lei produziu (tudo bem, isso é um assunto político e assuntos políticos devem ser discutidos de forma mais extensa).
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Uma passagem de Confúcio (nome atribuído ao pensador, mestre, filósofo e teórico político chinês Kung-Fu-Tze) nos Analectos, diz respeito sobre uma forma mais harmoniosa de governo, onde ele explica a um discípulo que para pôr à prova sua utopia de Estado, retificaria os nomes. Coisa que a China não parece mais se espelhar e obviamente, nenhum outro país, capitalistas já por sobrevivência.
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quando os nomes não são corretos, a linguagem fica sem sentido. Quando a linguagem fica sem sentido, nenhum assunto pode ser resolvido. Quando nenhum assunto pode ser resolvido, os ritos e as músicas secam. Quando os ritos e a música secam, punições e penalidades erram o alvo. Quando punições erram o alvo, as pessoas não sabem onde estão.
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É por isso que o mundo sempre busca uma saída para tantos e iminentes problemas, a começar por outdoors e sacos plásticos.

Comentários

Nayara Diniz disse…
Está na moda ser ecologicamente correto, faz uma propaganda positiva, e hoje em dia, isso é muito bom.
A respeito das sacolas, conheço mercados paulistas que não entregam sacolinhas plastica, e sim aquelas bolsas de TNT, um tecido barato e pode ser reaproveitado. No ano passado também algumas exposiçôes com varias dessas bolsas e assinadas por grandes grifes e estilistas, passeou por São Paulo, inclusiveem algumas unidades do Senac, qeu apoia a causa.Mas a reaçao existe, não sei em dados numericos se a fabicação destas tais novas sacolas, substituiria as de plastico, porém a troca é necessaria.
Falando da lei Cidade Limpa, vi pontos muito bons e outros nem tanto. A padronização e a paisagem mais harmonica no centro é evidente, porém o desemrpego e a falta de iluminação causada pela retirada dos banners, foi um dos seus pontos negativos.

Beijo
Nayara Diniz
Tiago Moralles disse…
Muita boa sua observação Nah quanto a lei cidade limpa.
Referente as sacolas de TNT, ano passado alguns shoppings também estavam fazendo promoções do tipo, "nas compras acima R$x,xx + R$x,xx você adiquiri...", e não foi só em São Paulo, ví isso em Brasília também, que por sinal as sacolas de lá eram mais bonitas que as de cá hehe.
Abrigado pelo comentário.
Anônimo disse…
é por isso que mais do que ecologia, as palavras da vez são: "desenvolvimento sustentável". um projeto eficiente que atenda as necessidades do presente, pensando nas gerações futuras, tem obviamente que se preocupar com a sociedade e com o meio-ambiente, mas também com a sua saúde econômica.

não podemos ser hipócritas a ponto de pensar que o lucro não tem uma grande parcela de importância, e mais do que uma barreira, deveria ser vista como um incentivo.

muitas empresas estão aprendendo a ser corretas ecologicamente e socialmente, sem perder dinheiro com isso. pelo contrário, vide caso do banco real...

bjão!
Tiago Moralles disse…
Bem lembrado, Banco Real, pioneiro no desenvolvimento sustentável.
Beijos.

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